Um tribunal egípcio determinou neste domingo a liberdade provisória do escritor Ahmed Naji, condenado a dois anos de prisão em fevereiro, depois que uma revista publicou um trecho de um romance do autor que citavam cenas sexuais.

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O tribunal de cassação decidiu libertar o jovem escritor, à espera da análise do recurso apresentado contra sua condenação por “atentado ao pudor”.

A condenação de Naji, conhecido por suas críticas à corrupção do regime egípcio, provocou fortes protestos no mundo literário, tanto no Egito como no exterior.

Mais de 120 jornalistas e artistas de todo o mundo escreveram em maio ao presidente Abdel Fatah al-Sisi para pedir a libertação do romancista.

Naji, autor de três livros e jornalista da revista literária Akhbar al Adab, foi acusado em 2015, depois que um leitou reclamou de seu romance mais recente, “O uso da vida”, e afirmou que ficara doente ao ler algumas passagens nas quais os personagens fazem amor.

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Um primeiro tribunal absolveu Naji, mas os promotores recorreram da decisão judicial e o escritor foi condenado em fevereiro.

* AFP