O Supremo Tribunal do Quênia iniciou nesta segunda-feira a análise de um recurso apresentado pelo opositor Raila Odinga sobre supostas irregularidades na reeleição do presidente Uhuru Kenyatta em 8 de agosto.

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A oposição denuncia uma eleição fraudulenta e em 18 de agosto acionou o Tribunal, formado por 14 juízes, que tem até sexta-feira para anunciar seu veredito.

Uma semana depois de a coalizão opositora NASA e a comissão eleitoral (IEBC) apresentarem seus argumentos, o tribunal examinará a questão.

Nesta segunda, o tribunal autorizou a oposição ter acesso aos sistemas informáticos do IEBC, bem como às atas eleitorais originais.

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O tribunal deve decidir se valida a eleição de Kenyatta, de 55 anos, para um segundo mandato de cinco anos, ou se a anula. Neste caso, novas eleições deverão ser organizadas em um prazo de 60 dias.

Na votação de 11 de agosto, Kenyatta foi declarado vencedor com 54,27% dos votos, à frente de Raila Odinga, 44.74%, de 72 anos, líder opositor que se apresentou pela quarta vez após perder em 1997, 2007 e 2013.

O anúncio da vitória de Kenyatta provocou dois dias de manifestações e protestos nos bairros mais pobres de Nairóbi e no oeste do país, redutos da oposição, duramente reprimidas pela polícia.

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Ao menos 17 pessoas morreram e 177 ficaram feridas.

Os observadores temem novos distúrbios caso o tribunal valide a vitória de Kenyatta.

* AFP