A Justiça iemenita se comprometeu nesta sexta-feira a investigar a morte de uma criança de 8 anos, forçada a se casar com um homem de 40, por ferimentos decorrentes de um estupro durante a lua de mel.
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A garota, identificada apenas como Rawan, morreu de hemorragia interna após uma perfuração uterina. A polícia local não confirma o crime, mas anunciou a criação de uma comissão para verificar o caso.
Na quarta-feira, autoridades de segurança de Hardh negaram as reportagens sobre a morte. O jornalista que escreveu a história, no entanto, insiste que seu relato está correto e se baseia em informações dos vizinhos da menina. A agência Reuters confirmou a morte posteriormente.
Ahmed al-Quraishi, presidente da ONG Siyaj, para os direitos das crianças, também afirmou que tem informações na província que confirmam a história.
– Estamos quase certos sobre a morte da menina e que as autoridades estão tentando encobrir o caso.
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Segundo ele, moradores disseram ter visto a menina há três semanas com um telefone celular. Ela teria dito que iria se casar com um homem de 40 anos. A criança desapareceu, assim como a sua família, de acordo com Quraishi.
Em 2010, uma jovem de 13 anos morreu de hemorragia interna depois de ter tido relações sexuais com o marido que tinha o dobro de sua idade. O caso inspirou uma outra menina iemenita, de nove anos, a publicar um relato traduzido sobre seu casamento com um homem de três vezes sua idade.