O comandante do Grupamento de Choque da Polícia Militar de Santa Catarina foi afastado das funções nesta sexta-feira (19), após uma decisão do juiz Marcelo Pons Meirelles, da Vara de Direito Militar de Florianópolis. O policial está respondendo a um processo pelos crimes militares de prevaricação e condescendência criminosa, devido a supostos atos de insubordinação de agentes que estavam sob o comando dele.
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O afastamento das funções do tenente-coronel Maurício Silveira foi pedido pelo Ministério Público de Santa Catarina. No processo, a promotoria alega que o comandante, que é tenente-coronel, não puniu os militares que cometeram as irregularidades.
O caso que gerou o afastamento do comandante aconteceu em abril de 2018. Na ocasião, quatro policiais invadiram o apartamento de um traficante de São José, na Grande Florianópolis, sem mandado judicial e sem autorização do comando. Desses, dois eram subordinados diretos do tenente-coronel.
A Polícia Civil soube da situação e abriu um inquérito para investigar a ação dos policiais. O caso foi informado ao comandante que, segundo o Ministério Público, deveria ter afastado os subordinados das funções e aplicado contra eles as sanções penais militares. A atuação do comandante no caso só chegou à Promotoria durante o julgamento do processo contra os quatro policiais.
Na decisão, o juiz Meirelles permitiu que o tenente-coronel siga trabalhando, mas em outras funções. O afastamento é apenas do comando do grupamento que estava sob a responsabilidade dele.
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Procurada pela reportagem, a Polícia Militar informou que está acompanhando o caso e que deverá acatar as decisões judiciais de acordo com a lei. A reportagem tentou contato com o tenente-coronel, mas ele não foi localizado até a última atualização da matéria.