A polícia cumpre quatro mandados de prisão de suspeitos a mortes no Hospital Evangélico, em Curitiba, no Paraná. Os médicos seriam cúmplices de Virgínia Soares de Souza em induzir a morte de pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Três deles foram detidos e levados ao Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Nucrisa).

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As investigações iniciaram após denúncias de um funcionário do hospital, que acusa Virgínia de ordenar a redução do fluxo de oxigênio de alguns pacientes e até mesmo a utilização de drogas para bloquear o sistema respiratório. A motivação, segundo a testemunha, era liberar leitos.

Virgínia se manifestou na sexta-feira, por meio de carta, criticando a forma como está sendo feita a investigação e afirmando que “o livre exercício da medicina está em risco no Brasil”. O advogado da médica, Elias Mattar Assad, afirmou que não há provas materiais que confirmem as acusações:

– Não há crime provado nem ficará provado crime nenhum, o tempo vai dizer.

Ele deve entrar com um pedido de liberdade de Virgínia na segunda-feira, além de pedir a quebra do sigilo de justiça do processo. Até o momento cerca de 50 denúncias contra a médica foram realizadas na Nucrisa, feitas por ex-companheiros de trabalho e familiares de antigos pacientes.

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