A Justiça decretou nesta semana a prisão preventiva, que não tem prazo determinado, do policial militar que matou um homem após discussão na saída de um bar na Rua Uruguai, no Centro de Itajaí, no dia 10 de novembro.

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::: Discussão na saída de bar termina com homem morto e PM preso em Itajaí

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O laudo cadavérico do corpo e a perícia realizada na arma, que foi apreendida, confirmaram que Carlos Alberto Miranda, 50 anos, foi atingido por apenas um tiro, que entrou por baixo do braço esquerdo e saiu nas costas. A análise também constatou que a vítima morreu pela hemorragia interna causada pelo disparo, que chegou a perfurar um dos pulmões do homem.

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– Foi expedida uma nota de culpa pelo crime de homicídio e não ficou materializada a legítima defesa – afirma a delegada Rosi Barbosa Serafim, responsável pelo caso.

O inquérito foi concluído nesta semana e enviado ao Fórum. Na quarta-feira o laudo cadavérico foi anexado ao processo, que pode agora ser transformado e denúncia pelo Ministério Público.

O PM autor do disparo continua preso no batalhão da polícia em Itajaí, conforme determina legislação específica da corporação. A Polícia Militar ainda avalia as consequências em relação ao soldado, como a possível exclusão do quadro de oficiais.

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O crime

Uma discussão na saída de um bar na Rua Uruguai, no Centro de Itajaí, terminou com um homem morto e um Policial Militar de férias preso na tarde de 10 de novembro. Carlos Alberto Miranda, 50 anos, foi baleado pelo PM e não resistiu aos ferimentos.

A Polícia Civil apurou que o PM estaria acompanhado de um amigo no bar quando um adolescente chegou ao local. O soldado perguntou o que o menor fazia ali e teria dito que não era um estabelecimento adequado para ele. O jovem teria respondido e ido embora em seguida.

Cerca de 45 minutos depois, quando estava saindo do bar, o PM foi abordado por Carlos Alberto, que seria familiar do adolescente e questionou o comportamento em relação ao jovem. Conforme a investigação, o policial teria pedido que o senhor se acalmasse, mas ele começou a agredir verbalmente o PM e teria tentado tomar a arma, que estava com o soldado por ele ter porte para uso pessoal. Foi então que o policial teria atirado.

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