CORREÇÃO: Diferentemente do que informou este site das 11h32min até as 15h50min de 15/10/2019, a prisão preventiva de um pai de santo suspeito de praticar crimes não foi em Florianópolis. Na verdade, foi em Biguaçu. O texto original foi atualizado.

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O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) decidiu decretar a prisão preventiva de um pai de santo suspeito de praticar crimes de violência e importunação sexual em Biguaçu, na Grande Florianópolis. De acordo com a Corte, seis mulheres denunciaram o religioso, que está sendo investigado pelos abusos. A decisão foi divulgada nesta terça-feira (15).

O pedido de prisão foi feito pelo Ministério Público de Santa Catarina. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados, pois o processo corre sob segredo de justiça.

Conforme os relatos, as vítimas buscavam auxílio com o pai de santo, em busca de tratamento espiritual para as aflições. A suposta terapia religiosa era realizada por meio de uma massagem, com uma mistura aparentemente de cachaça com ervas. As mulheres contaram que ele dizia que o procedimento servia para "abrir os chacras".

Durante a massagem, o pai de santo massageava os corpos das mulheres, roubava beijos e tentava fazer sexo com elas. Algumas dizem que foram abusadas na presença dos maridos, que precisavam ficar rezando de olhos fechados.

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Além disso, ele usava uma rede social para seguir assediando as mulheres. O homem pedia fotos e perguntava sobre as intimidades delas, levando algumas a tentar o suicídio.

A relatora do caso, na 2ª Câmara Criminal do TJ-SC, desembargadora Salete Silva Sommariva, ressaltou que a prisão do homem poderia garantir a ordem pública. O voto dela foi acompanhado por unanimidade pelos demais desembargadores.

"Dentro desse raciocínio, no que tange ao periculum libertatis, as particularidades do processo, em especial, a gravidade das condutas praticadas e o risco de reiteração delitiva, tendo em vista a manipulação praticada por (nome do pai de santo) contra diversas vítimas para que elas se submetessem aos abusos sexuais sem resistência, acreditando na sua autoridade como guia espiritual, são aspectos suficientes para que se determine sua prisão como garantia da ordem pública", pontuou a magistrada.