A líder da oposição peruana, Keiko Fujimori, se sentará no banco nesta quarta-feira para um juiz decidir se vai mandá-la para prisão preventiva por 36 meses por supostas contribuições ilegais de campanha.
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Um procurador peruano pediu na semana passada uma ordem de prisão preventiva da filha mais velha do ex-presidente Alberto Fujimori, que havia sido libertada dois dias antes após ficar uma semana detida.
O pedido do procurador José Domingo Perez, por lavagem de dinheiro, que deve ser aprovado por um juiz para ser executado, é dirigido contra 12 pessoas, encabeçadas por Keiko, por receber e encobrir supostas contribuições da empreiteira Odebrecht para sua campanha eleitoral em 2011.
A solicitação do procurador inclui três assessores da líder opositora que estão em prisão preliminar desde segunda-feira: Ana Herz, Pier Figari e Vicente Silva Checa.
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Após ser libertada, Keiko disse que a semana que passou na prisão “foi também uma oportunidade de começar um caminho para alcançar novamente a unidade da minha família”, fazendo referência à ruptura com seu irmão mais novo Kenji, o que enfraqueceu o fujimorismo.
O partido liderado por Keiko, o Força Popular (direita populista), controla o Congresso peruano e foi o impulsionador das moções para destituir o então presidente Pedro Pablo Kuczynski, que finalmente renunciou em março por denúncias sobre suas supostas ligações com a Odebrecht.
Um ex-dirigente da Odebrecht no Peru declarou aos procuradores que deu dinheiro para as campanhas de 2006 e 2011 de Keiko e dos ex-presidentes Alan García (2006-2011), Ollanta Humala (2011-2016), Alejandro Toledo (2001-2006) e Kuczynski (2016-2018).
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Tanto os ex-presidentes quanto Keiko negaram ter recebido dinheiro da Odebrecht.
* AFP