Evanio Prestini irá a júri popular. A decisão é da juíza Camila Murara Nicoletti, de Gaspar. No despacho desta quinta-feira ela afirma ainda que o acusado de causar o acidente com duas mortes na BR-470 deve ser mantido preso até a data do julgamento.

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"A situação de o acusado ser réu primário, possuir residência e emprego fixos não é suficiente para modificar a necessidade de sua segregação provisória, até porque não serão esses elementos que o inibirão de reiterar a prática criminosa", disse a magistrada na decisão.

O anúncio era aguardado desde o fim do mês passado, quando o juiz Lenoar Bendini Madalena adiou a decisão com a justificativa de que era preciso dar tempo às partes para se manifestarem sobre o laudo que apontou a alta velocidade do Jaguar no momento do acidente.

O advogado Nilton Macedo Machado, coordenador da defesa de Evanio Prestini, afirmou que irá recorrer da decisão da juíza Camila Murara Nicoletti.

O acidente

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A batida envolvendo o Jaguar e o Fiat Palio aconteceu por volta das 6h da manhã de 23 de fevereiro na BR-470, em Gaspar. Duas garotas morreram, Amanda Grabner Zimmermann, 18, e Suelen Hedler da Silveira, 21. O condutor do carro de luxo, Evanio Prestini, foi submetido ao teste do bafômetro que apontou 0,72 miligrama de álcool por litro de ar expelido.

Ele foi preso em flagrante. No dia seguinte ao acidente, a prisão foi convertida para preventiva. Os advogados de Evanio pediram a revogação da prisão, que foi negada pela Comarca de Gaspar.

A defesa, então, entrou com o pedido de uma liminar de habeas corpus no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), que também foi negado. Quase duas semanas depois, no julgamento do Colegiado, os desembargadores decidiram por manter Evanio no Presídio Regional de Blumenau.