A Vara do Tribunal do Júri de Florianópolis determinou que a mulher acusada de matar o coronel da reserva da Polícia Militar (PM) Silvio Gomes Ribeiro, 54 anos, que era marido dela, seja levada a júri popular. O crime aconteceu no último dia 22 de maio, no apartamento onde o casal morava, no bairro Estreito, na região continental da Capital.

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Em decisão divulgada nesta quarta-feira (25), a Vara do Tribunal do Júri aponta que há indicativos de que a ré teria sido a autora do crime de homicídio qualificado, pelo uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Na decisão, também foi mantida a prisão preventiva da acusada, que está detida desde o dia da morte do marido.

A mulher é denunciada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por ter usado um haltere de academia para golpear o coronel da reserva, atingido na cabeça, o que causou traumatismo cranioencefálico. Ainda conforme a denúncia, depois disso a acusada teria cortado o punho direito e o pescoço do marido com uma faca.

Inicialmente, a mulher alegou que teria golpeado Silvio para se defender de uma ameaça dele. À polícia, ela confessou ter agredido a cabeça da vítima com um haltere de academia, além de ter provocado cortes nos punhos e no pescoço, mas justificou o ato afirmando que ele ocorreu em virtude do relacionamento conturbado dos dois e de ameaças que sofria. Ao ser interrogada judicialmente, manteve-se em silêncio.

De acordo com a Justiça, o laudo pericial põe em dúvida a versão da acusada de que a vítima teria tentado se matar previamente. Em relação à tese de legítima defesa, a decisão aponta que ela só pode ser acolhida quando há prova inequívoca de que ocorreu, o que não ficou demonstrado nos autos de modo satisfatório, conforme a Justiça.

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Ainda não há data para o julgamento, e a defesa pode recorrer da decisão. A reportagem ainda não conseguiu contato com o advogado da mulher até a última atualização desta notícia.