A Justiça decidiu nesta quarta-feira levar a júri popular pelo menos um dos 31 torcedores envolvidos na pancadaria durante o jogo entre Atlético-PR e Vasco da Gama, na última rodada do Brasileirão 2013, na Arena Joinville. Trata-se do vascaíno Leone Mendes da Silva, que foi preso em flagrante ainda no dia do jogo, mas ganhou o direito de responder em liberdade três meses depois.

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Leone foi denunciado por tentativa de homicídio qualificado (motivo fútil e emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima) em relação às agressões cometidas contra o torcedor atleticano Estevam Vieira da Silva.

– No caso em apreço, verifica-se que as qualificadoras do motivo fútil e do recurso que imposibiltou a defesa do ofendido parecem encontrar amparo na prova coligida aos autos. A primeira porque o que supostamente motivou o crime foi a mera divergência e intolerância entre torcedores de times diversos. A segunda porque, da forma como pode ter se desenvolvido a alegada ação criminosa, há a posibildade de a vítima ter sido tolhida de qualquer posibildade de defesa – anotou a juíza da 1ª Vara Criminal de Joinville, Karen Francis Schubert Reimer, na decisão que determinou o julgamento em júri popular.

A data do julgamento, no entanto, ainda não foi agendada. Em depoimento, Leone alegou que os fatos narrados na denúncia são falsos e que somente se defendeu das agressões. Outros seis torcedores também respondem pelo crime de tentativa de homicídio, mas ainda não há certeza se irão a júri popular porque estão incluídos em processos separados.

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Outra ação, que envolve 24 denunciados, apura os crimes de dano qualificado, quadrilha e promoção de violência em evento esportivo. No decorrer das investigações,25 torcedores chegaram a ficar presos, mas nenhum deles permanece detido.