A necessidade de um exame de sanidade mental deixará suspenso o processo de tentativa de homicídio ajuizado contra a doceira Margareth Aparecida Marcondes, de 47 anos, em Joinville. A ação penal terá andamento novamente quando o laudo for encaminhado à Justiça.
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Margareth foi denunciada por quase matar o companheiro Nercival Cenedezi, de 50 anos, com golpes de rolo de macarrão, em março de 2012. Ele sofreu traumatismo craniano, fratura de face e hemorragia intracraniana, além de ter ficado com sequelas após a agressão.
O casal morava na zona Sul de Joinville. O crime foi descoberto quando a polícia apurava a participação da doceira em um caso de envenenamento de quatro jovens em Curitiba. Margareth fugiu e ficou desaparecida por 11 dias, até ser encontrada em Barra Velha. Ela continua detida no Paraná.
Por decisão da juíza da 1ª Vara Criminal de Joinville, Karen Francis Schubert Reimer, o exame de sanidade deverá ser feito no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Florianópolis. Na decisão, a juíza lista 17 perguntas que deverão ser respondidas pela perícia em relação à saúde mental de Margareth.
Além de questionar se a ré sofre algum distúrbio psiquiátrico, o especialista deverá responder se Margareth tinha plena capacidade de entender o caráter criminoso do fato e se há necessidade de tratamento.
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O prazo para a realização do exame é de 20 dias. A doceira terá de ser escoltada da Penitenciária Feminina de Piraquara (PR) até Florianópolis. A requisição do laudo partiu da defesa de Margareth. O entendimento da defesa é de que, se for comprovado que ela não tem condições de responder por si, não há sentido em incriminá-la.
Doces envenenados
Além da tentativa de homicídio em Joinville, Margareth responde por outras quatro tentativas de homicídio no Paraná. Contratada para organizar a festa de 15 anos de uma adolescente em Curitiba, Margareth acabou gastando o dinheiro recebido com antecedência, R$ 7 mil.
Na tentativa de adiar a festa, ela enviou amostras de doces envenenados para a jovem no Paraná. Além da adolescente, outros três jovens comeram os bombons e foram parar no hospital. Em depoimento, Margareth contou que agrediu o companheiro para que ele não descobrisse sobre os envenenamentos.