Rachel Corrie tinha 23 anos quando foi atropelada por um trator israelense em Gaza, nove anos atrás, mas Justiça concluiu que não houve intençãoUm tribunal israelense rejeitou nesta terça-feira a denúncia apresentada pelos pais de Rachel Corrie, a pacifista americana que morreu em 2003 atropelada por um trator militar israelense durante manifestação na Faixa de Gaza.
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Rachel Corrie, 23 anos, foi morta em 16 de março de 2003 por um trator do exército quando tentava impedir a passagem da máquina junto a outros membros do Movimento Internacional de Solidariedade (ISM) e vários palestinos em Rafah (Faixa de Gaza).
– Cheguei à conclusão de que não houve negligência por parte do condutor do trator – afirmou o juiz Oded Gershon em seu veredicto, lido no tribunal d Haifa, norte de Israel.
O juiz afirmou ainda que a investigação da polícia militar transcorreu corretamente e concluiu que a morte de Rachel Corrie foi um acidente, rejeitando as acusações sobre a destruição de um vídeo que mostrava o trágico incidente.
– A falecida se colocou numa situação perigosa, se colocou diante de um buldôzer gigante em um lugar em que o condutor não podia vê-la. Não se afastou como teria feito uma pessoa razoável. Sua morte é o resultado de um acidente que ela mesma provocou – disse o juiz.
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Cindy Corrie, a mãe da vítima, criticou o veredicto.
– Achamos que a morte de Rachel podia ter sido evitada – afirmou.
O advogado da família, Hussein Abu Hussein, anunciou que a família vai apelar da decisão.