Um ano e 18 dias depois de ter sido preso no consultório onde trabalhava, em Blumenau, o ortopedista Fernando César Buchen foi condenado a quatro anos e quatro meses de prisão em regime semiaberto. A sentença é de primeiro grau e o médico pode recorrer do resultado do julgamento em liberdade.
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A condenação corresponde a um caso de violação sexual ocorrido em Gaspar e foi expedida na quarta-feira, pela Comarca de Gaspar. Como o processo tramita em segredo de justiça não é possível verificar a qual caso corresponde a sentença. Fernando estava em casa quando soube o resultado do julgamento, ainda na quarta-feira. Foi o pai dele quem lhe deu a notícia.
Na noite desta quinta-feira, disse que ainda não foi intimado da condenação e que assim que souber dos argumentos da sentença vai ingressar com recurso.
– Quero ver a condenação completa e não apenas o resumo que consigo acessar pela internet. Assim, vamos basear o recurso. Eu tenho minha consciência tranquila. Tenho dito desde o início que sou inocente – afirmou.
Quando foi preso, em 1º de abril de 2011, Buchen respondia em liberdade a um processo por atentado violento ao pudor. Como já era investigado, uma nova denúncia, feita em março daquele ano por uma jovem de 24 anos, serviu de base para o Ministério Público pedir a prisão preventiva dele.
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O médico ficou 77 dias detido no Presídio Regional de Blumenau até que conseguiu o alvará de soltura. Foi liberado dia 17 de junho e recebido com festa pelos familiares e amigos, em Gaspar. Outros dois processos tramitam na Justiça contra ele.
A sentença diz ainda que o “Conselho Regional de Medicina deve decidir sobre a possibilidade ou não de manutenção da suspensão da habilitação profissional” de Buchen. O ortopedista diz que não está trabalhando, mas que tem apoio para voltar ao consultório.
Em abril de 2011, um abaixo-assinado circulou por Gaspar em defesa do médico. O advogado de Buchen, Juarez Piva, foi procurado pela reportagem na noite de quinta-feira, mas não foi encontrado.