Um homem foi condenado nesta quarta-feira (11) a 26 anos, cinco meses e 20 dias de prisão em homicídio fechado por esquartejar um jovem no início de 2018, em Blumenau. Ele foi denunciado pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, corrupção de menor e organização criminosa.
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Conforme a denúncia do Ministério Público (MP), ele e outras oito pessoas (entre elas dois adolescentes) desferiram 40 facadas em Edson de Melo Nascimento, 23. Enquanto o homem ainda estava vivo, deceparam as orelhas e o nariz dele, atearam fogo, fraturaram os ossos e o mutilaram. Toda a tortura foi filmada pelo grupo em um aparelho celular.
Até o momento, seis pessoas já passaram pelo júri. Uma das condenadas, que recebeu a maior pena, terá de cumprir 27 anos de reclusão, inicialmente em regime fechado. Ainda segundo o MP, todos faziam parte de uma organização criminosa com atuação em Santa Catarina. Conta nos autos que o crime teria sido motivado por vingança.
Nascimento supostamente teria subtraído certa quantidade de maconha pertencente ao grupo. Para demonstrar autoridade da organização, os criminosos cometeram o assassinato como forma de exemplo aos demais.
Além do homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, os agressores ocultaram o cadáver envolvendo as partes do corpo em cobertores e sacos de lixo enterrando-os numa área de mata situada no bairro Vorstadt. A ação teria sido comandada pela mulher condenada em agosto do ano passado.
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Os outros homens foram condenados em outubro do ano passado e fevereiro de 2020. No total, eles cumprirão penas que somam 91 anos de reclusão. A mais longa é de 26 anos. A menor, de 18. Além dos dois adolescentes envolvidos, que respondem por atos infracionais, há um homem que ainda não foi julgado porque o processo está em fase de instrução para ele, que permaneceu foragido por mais tempo.
O processo tramitou em segredo de justiça. Aos condenados cabe recurso.