A juiza Ana Cristina de Oliveira Agustini, da Vara Criminal de Curitibanos, no Planalto Catarinense, decidiu condenar 26 pessoas por crimes como tráfico de drogas, associação para o tráfico, receptação, posse de arma e corrupção de menores. O grupo fazia parte de uma quadrilha que era comandada por uma mulher. A decisão foi divulgada nesta quinta-feira (2), pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC).
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As penas variam entre quatro e 22 anos de prisão. Segundo o TJ-SC, o processo contra o grupo reuniu mais de 3 mil páginas. Só para ouvir as 39 testemunhas foram necessários três dias. Dos 26 réus condenados, 12 estão presos. Ainda cabe recurso.
De acordo com a denúncia, o grupo começou a atuar na cidade por volta de 2016. A mulher que comandava o grupo colocou o pai, os filhos, irmãos, cunhadas e sobrinhos trabalhando no tráfico de drogas. Além dos parentes, ela também tinha contato com traficantes de outras regiões, que ajudaram a quadrilha a se profissionalizar. Entre as pessoas que participavam, três eram menores de idade.
O caso foi descoberto pela polícia em 2017, quando a polícia prendeu a mulher que comandava o grupo. Na cadeia, ela transferiu a administração dos negócios para dois irmãos e uma sobrinha. Nesse período, a Polícia Militar chegou a gravar imagens de pessoas comprando drogas da quadrilha, incluindo menores de idade.
Parte do grupo foi detida em cumprimentos de mandados, quando também foram apreendidas drogas, armas de fogo, dinheiro, munição e vários objetos furtados, que eram recebidos pelo grupo como pagamento.
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A mulher que deu início ao grupo recebeu pena de 18 anos de prisão. Um dos irmãos que seguiu comandando a quadrilha foi condenado a 22 anos. O outro também recebeu pena de 18 anos. A sobrinha que ajudou a encabeçar a quadrilha foi condenada a 13 anos de prisão. Os detalhes de cada pena não foram divulgados, pois o processo corre sob segredo de justiça.