Após três horas de duração, as audiências de instrução do caso Gabriella Custódio Silva terminaram por volta das 18h desta sexta-feira (4) na Comarca de Joinville. Foram ouvidas 13 testemunhas de acusação. Entre elas, seis pessoas sob proteção e três policiais militares. O réu Leonardo Nathan Chaves Martins acompanhou parte dos depoimentos.

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Nesta semana foram incluídos áudios no processo, por parte da defesa de Gabriella, que, conforme o advogado Marco Marcucci, revelariam conversas entre familiares e amigos de Leonardo.

Segundo o advogado, nestas conversas as pessoas envolvidas teriam cogitado apagar mensagens trocadas com Gabriella e formas de desaparecer com o celular da vítima. O Ministério Público deve analisar o processo nos próximos dias. A reportagem do AN solicitou o laudo ao advogado, mas não teve acesso até o momento desta publicação.

Na próxima sexta-feira (11), a partir das 14 horas, também no Fórum de Joinville, estão programadas para serem ouvidas outras 18 testemunhas de defesa de Leonardo, além do próprio acusado que falará durante a audiência de instrução.

Na oportunidade também serão ouvidas duas testemunhas de acusação que não compareceram à audiência desta tarde.

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Segundo o advogado de defesa do Leonardo, será solicitado um novo pedido de liberdade a ele após as audiências, assim que todas as testemunhas forem ouvidas.

Leonardo foi indiciado por feminicídio

Em 7 de agosto, a Polícia Civil concluiu o inquérito policial que indiciou o jovem por feminicídio — crime se caracteriza pela maior parte dos casos ter como principais suspeitos o companheiro ou ex-companheiro da vítima e estar relacionado à violência doméstica ou discriminação de gênero. ​​​​

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Relembre o caso

Gabriella Custódio Silva foi morta com um tiro por volta das 17h30 do dia 23 de julho na rua Arno Krelling, no Distrito de Pirabeiraba, na zona Norte de Joinville. Gabriella teria sido atingida por um disparo de arma de fogo dentro de casa, colocada no porta-malas de um Chevrolet Captiva e levada ao Hospital Bethesda.

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Após deixá-la no hospital, Leonardo Nathan fugiu do local. A partir da placa do veículo foi descoberto que o proprietário era o marido da vítima. Os policiais foram até o endereço registrado e não o encontraram.

Quando os policiais estavam realizando buscas, a Captiva passou pela rua com duas pessoas. O motorista informou que o veículo havia sido deixado na casa de um amigo e, posteriormente, descobriram que o carro estava envolvido no crime. Por isso, estavam o levando à casa do proprietário, quem eles conheciam.

A Polícia Militar conduziu as duas pessoas até a Delegacia de Polícia para prestarem depoimento. Leonardo teria deixado Gabriella no hospital já sem vida.

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