A Justiça de Santa Catarina bateu recorde em processos julgados no ano passado. Foram 848, 6 mil sentenças proferidas em 2018, volume mais alto de julgamentos na história do Tribunal de Justiça, segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na última quarta-feira.
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Em 2009 foram julgados 607,1 mil processos. O número se manteve na média de 600 a 700 mil processos por ano, até 2017, quando fechou em 747,2 mil julgamentos. O salto ocorreu em 2018, com um crescimento de 13,5% em relação a um ano antes.
O Relatório Justiça em Números 2019, do CNJ, também apontou Santa Catarina como o segundo estado no ranking de julgamentos entre os tribunais estaduais de médio porte. Só os julgamentos em primeira instância somaram 538.547 sentenças, uma marca inédita no Judiciário do Estado.
Segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, os números coincidem com iniciativas da gestão para modernizar no estado. Há mais de um ano, o TJSC adotou o eproc, um sistema de movimentação processual criado pela Justiça Federal e cedido gratuitamente ao Tribunal catarinense, que oportuniza mais agilidade à tramitação de processos eletrônicos.
Mais recentemente, o TJSC também passou a fazer uso da ferramenta de business intelligence, voltada ao gerenciamento e controle do grande volume de dados produzidos pelos vários setores do Judiciário, o que deve trazer reflexos positivos nos próximos relatórios do CNJ.
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— Elegemos como prioridade de gestão foco total na nossa atividade-fim, que é julgar. E os dados contidos no relatório que acaba de ser divulgado pelo CNJ consagram todo esse esforço de magistrados e servidores para dar mais agilidade à tramitação dos processos judiciais no âmbito do Poder Judiciário de Santa Catarina — pontuou o presidente do TJSC, desembargador Rodrigo Collaço.
Outra iniciativa que contribuiu para acelerar ainda mais o andamento dos processos judiciais em Santa Catarina foi a adoção do Método de Triagem Complexa, baseado na Teoria Complexa do Direito. O método refere-se à associação de diversas técnicas para aperfeiçoamento da gestão de gabinetes judiciais.
— Os dados são altamente gratificantes, pois estampam em números a prioridade ao primeiro grau e a incansável dedicação de magistrados e servidores — destaca o corregedor-geral da Justiça, desembargador Henry Petry Junior.
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