Após uma batalha jurídica de 11 meses, a Alta Corte de Londres negou nesta quarta-feira um recurso do fundador do site WikiLeaks. Com a decisão, Julian Assange deverá ser extraditado para a Suécia, onde é convocado a responder à justiça sobre supostos casos de estupro e agressões sexuais.

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Os dois juízes responsáveis pelo processo rejeitaram os argumentos da defesa de que a solicitação de extradição do australiano de 40 anos era “injusta e contrária à lei”.

Assange nega as acusações e insiste que elas têm motivação política. Ele ainda pode recorrer à Suprema Corte da Grã-Bretanha.

Entenda o caso

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18/11/2010 – Justiça sueca ordena a prisão de Assange, sob a acusação de estupro. Ele afirma que as acusações são falsas e que o objetivo das autoridades seria distrair a atenção dos graves abusos cometidos na guerra iniciada pelos Estados Unidos contra o Iraque e que ele tornou públicos.

07/12/2010 – Assange é detido em Londres, em função da ordem de prisão das autoridades suecas por suspeita de estupro. Ele recebeu das autoridades suecas uma acusação de coerção ilegal, duas acusações de assédio sexual e uma de estupro, todas elas supostamente cometidas em 20 de agosto de 2010.

08/12/2010 – Julian Assange é isolado dos outros presos para sua própria segurança. Ele é transferido para uma unidade de isolamento da prisão de Wandsworth (sudoeste de Londres). Segundo o jornal britânico The Guardian, alguns prisioneiros “demonstraram alto grau de interesse por” Assange, o que motivou sua mudança.

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16/12/2010 – Mediante o pagamento de fiança, Julian Assange é libertado em Londres. Ao deixar o tribunal, ele afirma ser inocente e diz que continuará com seu trabalho.