A Justiça Federal decretou o bloqueio de R$ 40 milhões dos ex-deputados Pedro Corrêa (PP/PE) e Luiz Argôlo (SD/BA), alvos da Operação A Origem, 11ª etapa da Lava-Jato, deflagrada nesta sexta feira. Também foi ordenado o bloqueio de mais R$ 80 milhões de outros quatro investigados, sendo R$ 20 milhões da secretária de Argôlo, Elia Santos da Hora.

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Os dois ex-parlamentares e o ex-deputado André Vargas (sem partido) foram presos nesta sexta. Todos os presos serão transferidos para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba até o fim da noite. Os primeiro a chegar na capital paranaense foram os irmãos André e Leon Vargas.

As investigações desta etapa abrangem crimes que vão além da Petrobras e envolvem até contratos de publicidade da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saúde.

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A decisão, do juiz Sérgio Moro, que conduz todas as ações da Lava-Jato, já foi comunicada ao Banco Central que promove o rastreamento em todas as instituições financeiras para identificar ativos de suspeitos. À medida em que identifica ativos nas contas dos alvos, o Banco Central embarga os valores automaticamente.

O bloqueio pega, ainda, um ex-assessor de Pedro Corrêa – Ivan Vernon Gomes Torres Junior (R$ 20 milhões) -, o caseiro de uma propriedade rural do ex-deputado – Jonas Aurélio de Lima Leite (R$ 20 milhões) – e Marcia Danzi Russo Correa de Oliveira (R$ 20 milhões), nora de Pedro Corrêa.

Além do bloqueio, a Justiça Federal decretou a quebra do sigilo bancário e fiscal da agência de publicidade Borghi Lowe e de seis produtoras sob suspeita de envolvimento no esquema de propinas para o ex-deputado petista André Vargas. A pesquisa alcança período de seis anos, de janeiro de 2009 a março de 2015.