A superlotação do presídio da Canhanduba, em Itajaí, pode levar a Justiça a restringir a entrada de presos. A unidade, que tem espaço para 367 internos, abriga 150 a mais. O problema ocorreu após o fechamento do Presídio Regional de Balneário Camboriú, em maio deste ano.
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Segundo o juiz corregedor de Itajaí, Pedro Walicoski Carvalho, o Estado havia se comprometido em construir uma nova ala na Canhanduba para abrigar os presos de Balneário – o que ainda não ocorreu. Com a lotação acima do normal, o presídio é a única unidade no complexo que apresenta reclamações. Há uma semana, o juiz passou a monitorar online as câmeras de segurança do local.
– Se a situação continuar, já considerei a possibilidade de não receber mais presos de Balneário Camboriú e Camboriú. Está chegando a temporada, vão aumentar as prisões e o governo tem que aumentar o número de vagas – afirma o corregedor.
De acordo com ele, as queixas de detentos em relação ao presídio se devem ao excesso de detentos. As celas, que deveriam abrigar oito presos, chegam a alojar 12.
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– Não dá para construir um novo presídio e repetir os velhos problemas. Não se pode reeditar o presídio do Matadouro na Canhanduba – diz Giovane Pasa, presidente da Comissão Intermunicipal de Segurança Pública.
Apesar de concordar com a urgência da construção da nova ala, ele se diz preocupado com a possibilidade de restrição para a entrada de presos na Canhanduba, já que a região não oferece outras opções de presídios.
Através da assessoria de imprensa, a Secretaria de Justiça e Cidadania informou que o projeto para construção de uma nova ala no complexo da Canhanduba faz parte do projeto Pacto por Santa Catarina, que conta com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). A ala terá espaço para mais 320 presos. Ainda não existe, porém, prazo para a liberação de recursos ou para o início das obras.
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