Depois de sete tentativas de leiloar os imóveis e nem todas alcançarem sucesso, a Justiça mudará o formato de venda. O anúncio feito na sexta-feira aconteceu, após a última venda pública dos bens da Sulfabril, que acabou novamente sem interessados.
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Foram oferecidos por um total de R$ 10,2 milhões quatro lotes que incluíam imóveis menores próximos à unidade da Rua Itajaí, como a associação desportiva e a creche. Os bens mais valiosos ainda pendentes de venda são as marcas e a unidade fabril, avaliadas em R$ 40 milhões e R$ 90 milhões respectivamente.
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Após o leilão no Fórum de Blumenau a titular da 1ª Vara Cível e responsável pelo processo Quitéria Tamanini Vieira Peres atendeu os trabalhadores da empresa. Apenas 10 pessoas participaram. Quitéria antecipou que publicará na semana que vem uma nova decisão determinando o novo formato de venda. No dia 16 de março do ano que vem a Justiça receberá propostas de investidores interessados na compra da empresa. Elas serão avaliadas pela magistrada e pelo síndico da massa falida, Celso Zipf e Ministério Público. A intenção é vender os ativos o quanto antes para pagar, especialmente, os créditos trabalhistas.
– Apesar do desejo de celeridade, será tomado todo o cuidado para que os bens sejam valorizados. Este juízo terá toda a autonomia para avaliar as propostas e recursar as que considerar inadequadas – reforçou Quitéria.
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Durante a reunião os trabalhadores puderam fazer perguntas. A promotora Maristela Nascimento Indalencio explicou que o Ministério Público se posicionou pelo fechamento da empresa para que tanto os ex-funcionários quanto os demitidos não fossem ainda mais prejudicados:
– Vamos lutar para que todos os créditos trabalhistas sejam pagos integralmente. Por isso o fechamento da empresa foi necessário e importante, para que não se acumulassem mais dívidas.
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Abatido, Celso Zipf, que administrou a massa falida por 14 anos, disse que não houve outro caminho à empresa e agradeceu o trabalho da juíza e dos envolvidos, incluindo os trabalhadores, que confiaram nele:
– Nós lutamos muito. Não queríamos que os trabalhadores passassem pelo mesmo que em 1999, de sair sem nada. Não conseguimos pagar tudo o que têm de direito, mas foi o máximo que conseguimos.