A Justiça anunciou nesta sexta-feira que aceitou a denúncia criminal do Ministério Público de Santa Catarina contra o motorista Gustavo Raupp Schardosim, que atropelou e matou o ciclista e jornalista Róger Bitencourt, no fim do ano passado, na SC-401, em Florianópolis.
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A decisão é do juiz da Vara do Tribunal do Júri da Capital, Paulo Marcos de Farias. Agora, o motorista passa a ser considerado réu na ação penal acusado de homicídio qualificado (doloso) do jornalista e tentativa de homicídio em decorrência do atropelamento que deixou ferido o ciclista e empresário Jacinto Silveira Florzino.
Em nota divulgada pela assessoria de imprensa da Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC), consta que o juiz determinou a citação do réu, que terá 10 dias para se defender. Depois disso, será designada audiência de instrução e julgamento. A previsão é que a audiência aconteça ainda este mês, pois se trata de réu preso.
Gustavo Raupp Schardosim está preso desde o dia do atropelamento. O DC ainda não teve acesso à defesa do motorista.
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Após os depoimentos das testemunhas de acusação e defesa, a Justiça decidirá se o motorista irá ou não a júri popular, conforme pediu o promotor Daniel Paladino. A expectativa do juiz é que essa decisão, denominada de sentença de pronúncia, saia até março.
18 ações penais de acidentes com mortes
A AMC divulgou que há na Vara do Júri de Florianópolis 18 ações penais envolvendo acidentes de trânsito em que réus respondem por dolo eventual e que metade delas está em recurso. Em 2015, foram condenados dois motoristas, havendo desclassificação para crime culposo de outro.
Motorista admitiu ter bebido
Róger Bitencourt e o amigo Jacinto estavam pedalando na ciclofaixa junto ao acostamento da SC-401, perto do trevo de Jurerê, quando foram atropelados por Schardosim na manhã do dia 27 de dezembro. Na delegacia, o motorista admitiu ter bebido antes de dirigir. Também foram encontrados dois cigarros de maconha no veículo.
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No auto de prisão em flagrante, consta que, após ingerir bebida alcoólica e fazer uso de maconha, Gustavo conduzia o veículo em zigue-zague, com a capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool e da substância psicoativa.