O homem que confessou o assassinato da ex-miss Navegantes Ediclécia Correira Theodoro foi declarado inocente pela Justiça e já está em liberdade desde quarta-feira. A decisão foi publicada terça-feira à tarde, e a acusação deve recorrer da sentença.

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O entendimento do Judiciário foi de que não existiam provas suficientes para a condenação do suspeito. Quanto à confissão, o acusado diz ter sofrido tortura na delegacia e na prisão, onde aguardava o julgamento. Cópias dos depoimentos do jovem, do delegado responsável pelo caso e de um policial devem ser encaminhadas ao Ministério Público para apurar as denúncias.

O caso

A Polícia Civil de Navegantes prendeu no início de março o suspeito de assassinar Ediclécia Correia Theodoro, miss Navegantes no ano 2000, que foi morta a facadas em 29 de janeiro. Um jovem de 24 anos foi detido na própria residência, que fica próxima de onde morava a vítima. A polícia cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa e localizou as facas usadas no crime.

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Diante das provas, o rapaz confessou o assassinato e foi conduzido à delegacia e, posteriormente, ao presídio da Canhanduba, em Itajaí. À época, conforme o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Carriço, Ediclécia foi vítima de latrocínio – roubo seguido de morte.

O suspeito estaria à procura de objetos para furtar quando foi surpreendido pela vítima. Para evitar ser reconhecido ele a perseguiu, usando duas facas, a matou com golpes no pescoço. Depois disso ele teria escondido as armas.

Ediclécia foi morta em casa, no Centro de Navegantes, no dia 29 de janeiro. A vítima, de 32 anos, estava grávida de quatro meses e foi encontrada pelo marido por volta de 17h, com marcas de oito facadas no peito e no pescoço.

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Como nada foi levado da residência da ex-Miss, na época do crime a polícia chegou a descartar o latrocínio, e houve até uma investigação sobre a possibilidade de crime passional. Vizinhos, parentes, amigos e conhecidos foram ouvidos, e o computador de Ediclécia passou por perícia.