A jovem americana Amanda Knox, acusada do assassinato de sua colega de quarto Meredith Kercher, em 2007, foi declarada inocente nesta segunda-feira, no Tribunal de Perugia, na Itália, em seu processo em apelação.

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Amanda Knox e seu então namorado Raffaele Sollecito tinham sido condenados em primeira instância respectivamente a 26 e a 25 anos de prisão pelo assassinato da britânica Meredith Kercher na noite de 1º de novembro de 2007.

Os dois sempre alegaram sua inocência. Eles foram considerados não culpados pela Corte de Apelação e absolvidos.

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Foto: Antonio Calanni, AP

Entenda o caso

Na manhã de 2 de novembro de 2007, a polícia de Perugia bateu à porta da casa da estudante britânica Meredith Kercher, colega de Amanda, para devolver o celular que fora achado nas proximidades. Em vez disso, encontraram a estudante morta dentro de seu quarto, com a garganta cortada.

O que parecia um simples latrocínio logo virou um caso que escandalizou três países: segundo a acusação, Amanda, seu então namorado italiano, Raffaele Sollecito, e o amigo Rudy Guede, sob efeito de drogas, teriam matado Meredith após forçá-la a participar de jogos sexuais. Eles foram presos dias depois.

Amanda e Raffaele foram condenados em primeira instância. Guede, imigrante da Costa do Marfim, admitiu que foi até a casa das estudantes naquela noite, mas não teria participado do crime. Ele pediu um julgamento rápido e cumpre sentença de reclusão.

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Foi encontrado o DNA de Meredith e Amanda em uma faca achada na casa de Sollecito – a principal prova da acusação. No entanto, a defesa questionou repetidamente esses laudos. Por sua vez, a promotoria insistia que os três estavam envolvidos no ataque, que teria sido planejado por uma vingativa Amanda. Na noite do crime, Amanda e Sollecito disseram estar assistindo a um filme.