A Justiça aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público e abriu processo contra cinco pessoas para apurar possíveis responsáveis pela queda da calçada na Beira-Rio, em Joinville, na abertura da programação de Natal da cidade, em 22 de novembro do ano passado.
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Agora, os envolvidos passam a ser réus da ação. A denúncia feita pelo MP envolve o secretário de Infraestrutura Urbana do município de Joinville, o gerente da unidade de obras da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e três integrantes da Comissão de Acompanhamento e Fiscalização da Prefeitura de Joinville.
Os citados podem responder pelo crime de lesão corporal e de desabamento ou desmoronamento. No despacho, o juiz Paulo Eduardo Huergo Farah, da 4ª Vara Criminal da comarca de Joinville, entendeu que a denúncia do MP cumpre os requisitos e se faz necessário o processo judicial para seguir a apuração.
Procurada pela reportagem, a prefeitura de Joinville informou que ficou sabendo da decisão, porém não teve acesso aos detalhes do processo e, portanto, prefere não se manifestar no momento.
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Investigações anteriores não apontaram culpados
Em pelo menos duas investigações anteriores sobre o caso, a conclusão foi de que não houve um responsável pelo desabamento. Primeiro, o inquérito da Polícia Civil foi concluído sem o indiciamento de nenhuma pessoa ou órgão, já que a investigação entendeu que se tratou de um acidente e não houve crime.
Depois, a comissão especial que apura a queda da calçada na abertura do Natal de Joinville isentou a prefeitura de responsabilidade pelo acidente ocorrido em novembro do ano passado.
A conclusão do relatório apontou que um dos principais motivos para o desabamento da calçada foi a ausência do registro no diário de obra da remoção de uma viga da galeria. Segundo o documento, a responsabilidade pelo registro seria do consórcio que executava a obra de macrodrenagem do rio Mathias.
Relembre o caso
A calçada desabou por volta das 20h10min de uma segunda-feira, 22 de novembro, na avenida Beira-rio, próximo do prédio prefeitura e do camelódromo. Mais de 30 pessoas ficaram feridas e precisaram de atendimento.
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Após o acidente, o local foi interditado e passou por perícia. Conforme o delegado Fabio Baja, responsável pela investigação, o laudo apontou que uma viga construída na década de 1970 girou e, com isso, a laje e a calçada que estavam em cima caíram e fizeram um “v”, derrubando as pessoas no rio Cachoeira.
Os primeiros processos indenizatórios para as vítimas do acidente foram homologados em junho deste ano e mais de 13 pessoas já fecharam acordo com a Justiça.
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