A queda de 2% nos emplacamentos totais no primeiro bimestre do ano sobre igual período de 2012 gera um desconforto para o setor, “porque estamos voltando ao patamar médio da crise que ocorreu em 2008 e 2009”. A afirmação é do presidente executivo da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, Alarico Assumpção Júnior, ao comentar em entrevista o balanço do setor.
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Dados da Fenabrave divulgados mais cedo nesta terça-feira mostram que entre janeiro e fevereiro foram comercializados 799.538 veículos entre carros, comerciais leves, ônibus, caminhões, motocicletas e implementos rodoviários no País, ante 816.087 unidades no primeiro bimestre do ano passado.
Segundo o executivo, apesar da previsão de manutenção na taxa básica de juros, em decisão nesta quarta-feira do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, a hipótese de aumento da Selic nos próximos encontros deve ter impacto no desempenho do setor.
– A alteração de Selic, se ocorrer a partir do próximo mês, se refletirá no desempenho dos próximos 60 dias e será um limitador para obtenção de crédito e nas vendas – disse Assumpção.
A piora no desempenho neste início de ano levou os estoques de automóveis e comerciais leves nas concessionárias para 35 dias, quando o ideal, segundo a Fenabrave, seria de 20 a 21 dias.
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