Começa nesta quarta-feira (23) o júri popular de Everton Balbinott, acusado de assassinar a artista plástica Bianca Mayara Wachholz em 25 de julho do ano passado, em Blumenau. A sessão de julgamento ocorre pela 1ª Vara Criminal da Comarca a partir das 9h da manhã, no Fórum – quando o Conselho de Sentença, formado por sete jurados, vai apreciar a causa.
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A tendência é de que a sessão se estenda até o fim da noite, podendo durar até o início da madrugada de quinta-feira. Balbinott é acusado pelos crimes de homicídio – qualificado por motivo torpe, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio – e ameaça. A pena prevista para o crime mais grave pode ser de 12 a 30 anos de prisão. O júri é aberto ao público e será presidido pelo juiz de direito Juliano Rafael Bogo.
Relembre o caso
Bianca Mayara Wachholz estava na casa da mãe, em julho do ano passado, quando foi abordada por Everton Balbinott dentro da residência, no bairro Itoupava Central. De acordo com os autos do processo, o denunciado pulou o muro da casa da ex-sogra, entrou no local e sacou a arma que estava escondida na calça.
Ele efetuou um disparo que atingiu a cabeça de Bianca, que morreu na hora. Segundo denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), ele teria feito isso para que a jovem “não se envolvesse com mais ninguém”. Ambos estavam separados no momento do crime.
O acusado fugiu do local do crime e se apresentou à polícia dois dias depois. Ele teve a prisão preventiva decretada no dia 27 de julho do ano passado, e segue no Presídio Regional de Blumenau desde então, mesmo após negativas à defesa para que ele respondesse ao processo em liberdade.
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Pós-assassinato
O caso ganhou repercussão estadual e resultou em ações pelo poder público em Blumenau. Em julho deste ano, quando o assassinato completou um ano, uma praça com o nome “Bia Wachholz” foi inaugurada no bairro Fidélis.
O dia da morte da artista plástica também será lembrado como Dia Municipal de Luta contra o Feminicídio, projeto apresentado pelo vereador Bruno Cunha (PSB), aprovado pela Câmara e sancionado pelo prefeito Mário Hildebrandt (sem partido).