O julgamento da morte da contabilista Patrícia Adad Silva, 33 anos está ocorrendo no Fórum da Capital. Os debates começaram às 16h21min desta quinta-feira com um dos promotores, Elias Albino de Medeiros Sobrinho. Ele tenta convencer os sete jurados sorteados – três mulheres e quatro homens – de que o réu e viúvo da vítima, Maureci José da Silva Junior, 39, teve a intenção de matar a mulher e ainda premeditou o crime.
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Um dos momentos de maior reação do público foi quando a acusação mostrou a faca de 27 centímetros usada por Maureci para dar os seis golpes em Patrícia, na madrugada do dia 8 de outubro de 2011, no Bairro Jardim Atlântico, parte continental de Florianópolis. O filho do casal, então com 11 anos, presenciou o crime.
Ciúme é o motivo que o réu alegou para matar a mulher. Ele confessou o homicídio e disse que estava fora de si. Durante os trabalhos, ficou de cabeça baixa o tempo todo. Ele aguardou o julgamento preso na Penitenciária da Capital.
O julgamento realizado no Tribunal do Júri da começou às 13h10min. Mais de 40 familiares e amigos da vítima estão presentes. Dois irmãos, uma cunhada e a massagista de Patrícia prestaram depoimento.
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O pai da vítima, Moacir Silva Filho abriu os depoimentos. Com a boca seca e segurando a emoção, Moacir contou como Patrícia era boa filha e mãe, amiga, companheira e alegre. Contou que ela era esforçada, que trabalhava, estudava e ainda criava o filho. Muitos familiares se emocionaram durante o depoimento.
As testemunhas são unânimes em dizer que o réu Maureci humilhava e ofendia Patrícia, que nunca estava presente, que vivia desempregado e que começou a ter relações extra-conjugais. Maureci negou tudo.
– É difícil ouvir essas mentiras todas (depoimento réu). Mais difícil ainda foi encontrá-lo (Maureci) e ver ele se escondendo de mim – disse o pai da vítima.
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Os familiares e amigos estão vestidos com camisetas brancas com a foto de Patrícia sorrindo, onde está escrito: “A flor nasceu, cresceu, deu frutos e floriu…e partiu”.