O júri que levaria ao banco dos réus o homem acusado de matar quatro pessoas da mesma família em Penha, em dezembro de 2012, foi cancelado por decisão do Tribunal de Justiça. O julgamento de Luiz Carlos Flores, o Liquinha, ocorreria no próximo dia 30, em Balneário Piçarras, onde o processo era mantido, mas o TJ-SC acatou um pedido da defesa e a ação terá sequência em Florianópolis.

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Assim, a Justiça de Piçarras teve de cancelar o júri e ainda não há data definida para o julgamento ocorrer na Capital. A advogada do réu, Débora Salau do Nascimento, preferiu não divulgar a argumentação que garantiu o chamado desaforamento do processo.

“A Notícia” apurou que o pedido teve base na comoção gerada pelo caso _ há previsão legal para a mudança de cidade onde o processo é julgado caso haja dúvida sobre a imparcialidade do júri ou comprometimento da segurança pessoal do acusado, situações mais comuns em cidades pequenas.

Liquinha é acusado pelo Ministério Público de matar a marretadas a mãe Carmem Cunha Flores, 69 anos, e a marteladas a irmã Leopoldina Carmem Flores, 41 anos, o sobrinho Pedro Henrique Flores, 10 anos, e o pai Luiz Nilo Flores, 72 anos. O crime aconteceu no bairro de Armação, em Penha.

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Para o promotor Luis Felipe Czesnat, Liquinha cometeu homicídio qualificado por razão fútil, utilizando-se de dissimulação, sem possibilidade de defesa às vítimas e por tentar ocultar o crime. Como a ação foi enviada para Florianópolis, outro promotor atuará na acusação durante o júri.

Ao prestar o primeiro depoimento em juízo, em maio do ano passado, no Fórum de Piçarras, Liquinha assumiu ter usado cocaína na noite do crime e alegou não se lembrar de nada. Ele responde ao processo preso no Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí – penitenciária da Canhanduba.