O julgamento da mulher acusada de assassinar uma mulher grávida em Canelinha, na Grande Florianópolis, foi adiado para novembro, segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). A mudança na data ocorreu após um pedido dos advogados que defendem a ré no processo.

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Inicialmente, o júri popular da acusada estava marcado para o dia 20 de outubro na Câmara de Vereadores de Tijucas, município vizinho de Canelinha. Porém, os advogados que defendem a mulher no processo pediram à Justiça que o julgamento fosse transferido para outra cidade.

Segundo a advogada de defesa, Bruna dos Anjos, o pedido de mudança é por uma suposta imparcialidade dos jurados na sentença e a segurança da ré, já que o caso ocorreu em uma cidade com poucos habitantes e teve grande repercussão. 

Como o pedido ainda precisa ser analisado pelo juiz, o julgamento foi adiado para o dia 24 de novembro. A expectativa dos advogados é que o pedido seja acatado. 

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Ainda não há data de quando será divulgada a decisão do TJSC. Enquanto isso, a mulher continua presa na Penitenciária Feminina de Florianópolis, onde está há mais de um ano. 

A ré é acusada por seis crimes, segundo relatório do júri, elaborado pelo Ministério Público de Santa Catarina, ao qual o Diário Catarinense teve acesso. São eles: homicídio qualificado pela morte da grávida; subtração de incapaz, pela retirada da criança do ventre da mulher; e parto suposto. Ela também responde pela tentativa de homicídio qualificada do bebê, fraude processual, pela retirada de objetos da cena do crime, e ocultação do cadáver da grávida, que foi achado apenas um dia depois do assassinato.

A expectativa é de que 14 testemunhas de acusação e duas de defesa sejam ouvidas durante o júri popular, além da ré. O Hora de SC tentou contato com a defesa da acusada, mas não teve retorno até a publicação. 

O crime

O crime aconteceu no dia 27 de agosto de 2020. A acusada supostamente atraiu a amiga, que estava grávida de 36 semanas, a uma cerâmica desativada, em Canelinha. Lá, a mulher golpeou a vítima com tijolos até deixá-la inconsciente. A grávida ainda estava viva quando a acusada cortou a barriga dela para retirar o bebê.

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Depois disso, os objetos da cena do crime foram escondidos na casa da acusada, que colocou o corpo em um antigo forno da cerâmica desativada. A recém-nascida foi levada pela acusada e pelo marido até o hospital da região. Ela alegou que teve um parto espontâneo.

O ex-marido da acusada chegou a ser preso também por suposta participação do crime, mas foi liberado em outubro de 2020.

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