Diz a meteorologia que hoje Florianópolis terá tempo bom, com sol e nuvens esparsas. O gaitista do Blues Etílicos, Flávio Guimarães duvida da previsão.
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– Chove quase sempre que vamos tocar aí – tecla em e-mail.
Até por isso, a banda planeja incluir a inédita Let it Rain (Deixa Chover) no show gratuito que apresenta hoje às 19h no Jurerê Open Shopping, dentro da programação do festival Jurerê Jazz. Além dessa “espécie de homenagem à cidade”, como descreve Guimarães, o grupo carioca irá fazer um apanhado de seus 30 anos de carreira, com Dente de Ouro, O Sol Também me Levanta, Puro Malte, Terceiro Whisky, Cerveja e algumas instrumentais.
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Confira cobertura do show no nosso blog Anexo em Cartaz
Confira os principais trechos do bate-papo virtual com Flávio
Lembranças da Ilha
O Blues Etílicos começou a tocar em Floripa nos anos 90. Um show inesquecível dessa época foi no aniversário da cidade, junto com Ed Motta. Ia ser inicialmente em cima da Hercílio Luz, mas ele se recusou por achar que a ponte não suportaria o peso da multidão. Lembro de ter ligado para ele para tentar convencê-lo do contrário, mas não teve jeito. Em cima da hora, mudaram o local do show. Ah, adoro ostras e o Box 32!
Reconhecimento
A banda tem um público que segue crescendo e abrange idades de 12 a 92 anos. São 30 anos sem férias nem recesso, com uma média atual de 60 shows por ano. Blues, rock, música instrumental, jazz e muito improviso fazem parte dessa receita.
Importância
Mesmo sendo o pai do rock, o blues no Brasil era visto quase que como uma música alienígena quando começamos, em 1985. Ajudamos muito a mudar essa imagem e a transformá-lo em um estilo viável, com público fiel no país.
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Blues à brasileira
A banda mistura a densidade do blues, a energia do rock e o balanço da música brasileira. Por isso tem um público bem além do tradicional. A maioria das bandas nacionais se limitou a novos arranjos para clássicos do gênero – o que é válido eventualmente, mas não ao longo de uma carreira – ou tentou “arranjos inusitados misturando ritmos brasileiros”, que não era blues nem música brasileira. O importante é criar identidade própria e buscar cada vez mais um trabalho autoral.
Para ir fundo
A pedidos, Flávio Guimarães montou a lista abaixo para quem estiver interessado em conhecer melhor o blues nacional:
A discografia do Blues Etílicos, principalmente os três últimos álbuns (Puro Malte, O Melhor de? e Viva Muddy Waters) e os álbum solo dele
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Igor Prado Band
Alamo Leal
Nuno Mindelis
The Headcutters
Foi lançada uma cerveja Blues Etílicos para comemorar os 25 anos da banda. Vocês pensam em outra bebida para marcar os 30 anos?
Nosso baterista Pedro Strasser tem sugerido uma cachaça. Se a Armazém Vieira se interessar, nós topamos na hora. É a melhor cachaça que conhecemos.