Para quem nada o mínimo possível, só para não se afogar, salvar uma pessoa em afogamento não parece muito praticável. Mesmo assim, o policial militar Uili Turíbio, 34 anos, arriscou a própria vida no último domingo (5), durante seu horário de folga, para resgatar uma mulher que pedia socorro dentro do mar. O caso ocorreu na praia do Pântano do Sul, em Florianópolis.
Continua depois da publicidade
Há sete anos na corporação, o soldado do Grupamento de Polícia de Choque aproveitava a tarde com a família, quando percebeu que havia algo de errado: um stand up se distanciava da praia, sem ninguém por perto e chamou a atenção do PM. Pouco mais à frente, há cerca de 50 metros da costa, uma mulher acenava com os braços, já bastante fraca.
Intrigado, Uili mostrou a cena para seus familiares e comentou que a mulher poderia estar pedindo ajuda. No entanto, os acenos eram tão suaves, que ninguém se preocupou. Enquanto ele pensava consigo mesmo sobre o que havia acontecido, a gaúcha Daiane Zanin dos Santos, de 35 anos, perdia a consciência.
— Eu nem pensei. Só me joguei na água e fui nadando até ela. Quando cheguei perto, percebi que estava já desnorteada, passava mal. Avisei que faria um procedimento para tirar ela da água e saímos — contou o PM.
Foi somente no momento em que era resgatada, que a prima de Daiane enxergou a cena e acionou um guarda-vidas. O profissional entrou na água, mas não precisou auxiliar no resgate. O PM, que nem simpatiza tanto com a água, já havia salvado a vida da mulher:
Continua depois da publicidade
Nunca tive qualquer instrução de salvamento, mas quando me tornei policial militar, fiz um juramento de defender o cidadão, mesmo colocando a minha vida em risco. E foi o que fizPolicial militar, Uili Turíbio, 34 anos
Banhista passou mal dentro do mar
Há três anos em Florianópolis, Daiane Zanin dos Santos conta que é acostumada a andar de stand up, por isso não se preocupou com a falta da corda de segurança que prende a prancha ao corpo. Mal alimentada, resolveu dar uma volta pela água enquanto o almoço ficava pronto.
Distante o suficiente da costa, "viu estrelinhas" e caiu na água. A situação só não foi pior, porque havia colocado o colete, por insistência de uma prima. Enquanto boiava na água, sem enxergar nada pela frente, ergueu os braços e esperou, esperançosa, por alguém que a visse:
— Eu estava passando mal, poderia ter caído de frente na água, não via nada. Se ele (Uili) não tivesse me visto acenar, provavelmente algo pior teria acontecido.
Ver essa foto no InstagramContinua depois da publicidade