Os jurados do processo de fraude contra Paul Manafort, ex-chefe de campanha do presidente Donald Trump, ainda não chegaram a um veredicto, ao final do terceiro dia de deliberações, nesta segunda-feira.
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As deliberações serão retomadas na terça-feira, a partir das 09H30 local (11H30 Brasília), segundo o juiz T.S. Ellis.
O juiz Ellis esclareceu na semana passada que o juri composto por seis homens e seis mulheres, que decidirá sobre 18 acusações contra o ex-assessor republicano, “poderá deliberar o tempo que for necessário”.
O caso Manafort foi o primeiro processo resultante da investigação do procurador especial Robert Mueller sobre a interferência russa nas eleições de 2016.
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Manafort, de 69 anos, é acusado de apresentar declarações falsas para conseguir empréstimos bancários e de evadir impostos por dezenas de milhões de dólares que ganhou assessorando políticos pró-russos na Ucrânia entre 2005 e 2014.
O caso surgiu da investigação levada à frente por Mueller sobre a ingerência russa para favorecer Trump nas eleições de 2016, mas Manafort não é acusado de nenhum crime relacionado com a sua breve participação na campanha eleitoral do presidente.
Contudo, o julgamento é considerado uma prova importante para a investigação de Mueller, que Trump denunciou muitas vezes como uma “caça às bruxas” motivada por questões políticas, negando que tenha havido um conluio com Moscou para derrotar a candidata presidencial democrata Hillary Clinton.
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Durante o julgamento, os promotores descreveram os diversos esquemas supostamente usados por Manafort para evitar pagar impostos e ocultar contas bancárias no Chipre.
Os advogados de defesa, por sua vez, fizeram de tudo para produzir dúvidas sobre a credibilidade da testemunha “estrela” da Promotoria, Rick Gates, número dois de Manafort que aceitou colaborar com o governo e se voltou contra seu ex-chefe.
* AFP