Os quatro candidatos a prefeito de Blumenau somam um patrimônio de R$ 1,7 milhão. Se comparada à última eleição da qual cada prefeiturável participou, a situação econômica de todos os candidatos evoluiu. O aumento ficou entre 52% e 228%. A candidata Ana Paula Lima (PT) teve a alta mais expressiva e também o maior montante de bens declarados. De 2010, quando concorreu à reeleição na Assembleia Legislativa, até agora, o valor total da declaração passou de R$ 219,5 mil para R$ 719,2 mil.

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Com uma casa em Blumenau, apartamentos em Balneário Camboriú e Bombinhas, salas comerciais em Itajaí, além de aplicações financeiras na declaração, Ana Paula explica que os bens pertencem também ao marido, o deputado federal Décio Lima (PT). O crescimento em relação a 2010 se deve ao fato de que, na eleição anterior, o casal dividiu o patrimônio nas declarações à Justiça Eleitoral. Desta vez, com apenas um deles na disputa, tudo ficou concentrado no registro dela:

– Nestes dois anos, adquirimos duas salas comerciais. Fora isso, meu patrimônio não aumentou. A última alteração foi que em 2010 declaramos separados e agora declarei os imóveis da família.

O segundo com maior patrimônio é o deputado estadual e candidato da situação, Jean Kuhlmann (PSD). Entre valores em conta corrente, terrenos e cotas em uma administradora de bens, soma R$ 672,6 mil. Desde a eleição de 2010, quando foi reeleito à Assembleia Legislativa, os bens declarados à Justiça Eleitoral aumentaram 52%. O pessedista diz que, nos últimos anos, os pais vêm distribuindo o que possuem entre os filhos:

– Meus pais doaram alguns imóveis aos filhos, isso contribuiu para o aumento do meu patrimônio. Além disso, montei um negócio com a família que vem se mantendo e estou investindo o valor em imóveis.

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O candidato do PSDB, Napoleão Bernardes soma R$ 182 mil em bens. O valor subiu 63% desde 2010, quando concorreu a deputado federal. O tucano explica que, recentemente, comprou um apartamento em Blumenau, o que provocou o aumento do patrimônio:

– A declaração de bens elenca os imóveis no total, mas ainda estou pagando este apartamento em 60 parcelas. Foi esta aquisição que gerou o acréscimo.

O menor patrimônio declarado é de Osni Wagner, do PSOL, R$ 175 mil. Uma diferença de 75% em relação a 2008, quando concorreu a vereador, declarando R$ 100 mil. À época, a casa do candidato estava avaliada em R$ 80 mil, hoje, após investir em benfeitorias no imóvel, passou a valer R$ 175 mil, explica o candidato.

A declaração de bens foi encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral pelos candidatos e partidos, junto ao registro das candidaturas para a eleição de 7 de outubro. O objetivo é oferecer ao cidadão o maior número de informações sobre os participantes da disputa a prefeito, vice e vereador, servir de instrumento de transparência e permitir que os partidos possam verificar suspeitas de enriquecimento incompatível.

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Consulte o registro dos candidatos no site do TSE