*por Carlos Chiodini
Três décadas se passaram após a significativa queda do Muro de Berlim, que dividiu a Alemanha Oriental e a Ocidental. Em 9 de novembro de 1989, o muro de 155 quilômetros de extensão representado por repressão e autoritarismo foi derrubado. Junto com ele, a restrição da liberdade. Berlim pode ser lembrada por dois capítulos históricos: antes e pós-muro, que carrega como símbolos a Guerra Fria e a União e Paz.
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Não há como passar despercebido por uma data, historicamente, memorável. Época em que inúmeras famílias foram separadas por uma barreira gigantesca de intolerância, de desigualdade racial, de pobreza, desigualdade de gênero, social e econômica.
Hoje, podemos celebrar o rompimento de um regime detestado. É importante destacarmos a capacidade da Alemanha na reunificação. Um país que, agora, consegue manter unidos trabalhadores qualificados, professores universitários, advogados, engenheiros, médicos e cientistas. O muro separou milhares de pessoas e hoje reúne turistas do mundo inteiro. A Alemanha comemora a liberdade, bem necessário para que possamos evoluir politicamente.
O cenário macroeconômico do país aponta que a previsão do PIB é de crescimento de 1,9% e a inflação permanece baixa, com estimativa de 1,7% em 2019. Considerada a maior potência econômica da Europa, é a 4ª maior em nível global. Sua população é estimada em 83 milhões de pessoas e a taxa de desemprego segue uma tendência de queda desde 2012. Ocupa ainda o 5º lugar no ranking de 188 países em relação ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
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Sobre a reunificação da Alemanha, o ex-chanceler Willy Brandt disse
— “O que junto pertence deve crescer junto.“
Berlim se transformou em uma só cidade e a arquitetura revela as diferenças entre a parte oeste e leste. Ele resumiu, ao receber o Prêmio Novel da Paz, que “a guerra não é o último recurso, mas sim uma opção irracional”.
O que levarmos dessa data e um dos principais símbolos da Guerra Fria? A certeza da relevância da diplomacia, de que não precisamos de tijolos e cimento, nem arame farpado e muito menos a presença armada. Levamos, sim, o sentimento de que estarmos juntos é imensamente melhor do que separados.