Faltam menos de 30 dias para Joinville conhecer os seus candidatos a prefeito e a vereador. A Justiça Eleitoral reserva o prazo entre os dias 10 e 30 de junho para os partidos definirem oficialmente as alianças e os nomes que vão disputar as eleições deste ano. Tradicionalmente, a maioria das legendas acaba deixando as convenções para os dois últimos dias.
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Mais: Veja a situação de cada um dos pré-candidatos à Prefeitura de Joinville
Até agora, somente nove siglas definiram a data de suas convenções: oito delas nos dias 29 e 30 de junho, prazo derradeiro. O PT e o PSD, por exemplo, vão realizar as suas reuniões no dia 29. O PMDB preferiu deixar a decisão para sábado, dia 30.
Hoje, há oito pré-candidatos mapeados para disputar o cargo de prefeito de Joinville. Buscando as melhores composições para vencer no dia 7 de outubro, os partidos passam agora a intensificar negociações com as siglas disponíveis no mercado de alianças. Nesse cenário, o último grande movimento no tabuleiro eleitoral foi a desistência do deputado estadual Darci de Matos (PSD) – segundo colocado das eleições de 2008 – e a confirmação de Kennedy Nunes como nome do PSD na disputa.
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Poucos dias depois do anúncio, Kennedy – que nas últimas eleições ficou em terceiro lugar – recebeu convite do senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) para compor aliança. O senador pretende fortalezar a pré-candidatura de Udo Döhler (PMDB), mas encontra dificuldades para reeditar a tríplice aliança em Joinville.
Além de Kennedy, o senador ainda precisa lidar com o projeto de Marco Tebaldi (PSDB) à Prefeitura. Mesmo assim, os peemedebistas mantêm o otimismo.
– Ainda há muita água para passar. As coisas são lentas, mas estão começando a mudar -, acredita Cleonir Branco, presidente do PMDB de Joinville.
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Foi nesse clima que convidaram Kennedy para ser vice de Udo. Pedido negado prontamente pelo deputado estadual.
– Não faz sentido um deputado bem votado nas pesquisas dar lugar a alguém que ainda não foi testado nas urnas -, falou.
O ex-prefeito Tebaldi vem trabalhando com partidos que integram a órbita dos tucanos em nível nacional, como o PMN e DEM. Além disso, negocia com PPS e PSL.
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– Queremos manter aqueles que sempre foram da nossa órbita -, afirma.
O prefeito Carlito Merss (PT) concentra esforços para manter a base que deu sustentação ao seu governo, mas enfrenta resistências com a saída do PDT e do PR, que ensaiam candidaturas próprias.
– Ainda acreditamos que esses partidos vão se unir a nós. Estamos dialogando -, avalia Eduardo Dalbosco, chefe de gabinete de Carlito.
Outros nomes como Rodrigo Coelho (PDT), Sandro Silva (PPS) e José Aluísio Vieira, o Dr. Xuxo (PR), ainda balançam entre manter suas candidaturas ou negociar apoios com as siglas.
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Dá para ganhar mais cinco dias
A data final para as convenções é 30 de junho. Mas não é necessariamente nesse dia que todos os nomes são definidos. A lei permite uma brecha: as siglas têm até o dia 5 de julho, às 19 horas, para entregarem o requerimento de registro de candidatos a prefeito, vice e vereadores. A partir desta data, todos os que tenham solicitado o registro de candidatura deverão constar em qualquer pesquisa de opinião pública que seja realizada.
Mesmo no dia 5 de julho ainda pode haver mudanças nas composições. É raro acontecer, mas em caso de o candidato ser considerado inelegível pela Justiça Eleitoral, renunciar ou falecer antes do término das eleições, sua candidatura é cancelada.
Com isso, se abre uma janela de dez dias, a partir da desistência, para que o partido ou a coligação escolha um substituto. O escolhido pode ser de qualquer um dos partidos aliados. Mas a decisão, em caso de partidos coligados, precisa ter maioria absoluta de todas as siglas.
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10 de junho é a data a partir da qual é vedado às emissoras de rádio e de TV transmitir programa apresentado ou comentado por candidato escolhido em convenção.