Júlio Rocha está em Joinville e fala sobre romance gay de seu personagem em Amor à Vida

Só sorrisos, brincadeiras e abraços. E um pouco de cantoria e dancinhas engraçadas também. Em Joinville para uma campanha em um shopping da cidade nesta quarta-feira à tarde, o ator Julio Rocha aproveitou para mostrar seu bom humor e simpatia e falar um pouco sobre seu trabalho atual. Na trama global Amor à Vida, ele interpreta Jacques, um cirurgião interesseiro e sem escrúpulos na busca pelo sucesso.

Apesar de vilão, a recepção do público tem sido muito positiva, ele diz. O galã acredita que isso se deve ao fato de contracenar diretamente com Mateus Solano, o que fez com que Jacques pegasse carona no carisma do personagem Félix. A possibilidade de um romance entre os dois personagens parece agradar não só os telespectadores, mas também o ator:

– Dei um mergulho vertical no Jacques e estou descobrindo-o junto com o público. Como nunca teve um relacionamento gay, não dá para descartar a possibilidade de que esteja investindo no Félix apenas por ambição profissional. Mas vai saber, talvez ele também queira tirar uma lasquinha (risos) – diverte-se Julio.

Para o ator, Jacques é um grande presente, especialmente por contribuir na discussão, em horário nobre, de temas ainda cercados de preconceito, como a homossexualidade.

– Jacques é misterioso, traiçoeiro, mas muito humano. O mais interessante é a possibilidade de um médico ter um romance gay. Isso quebra aquele estereótipo de personagens homossexuais arquitetos, designers…

Julio conta que fez laboratório em um hospital para interpretar o cirurgião e, além disso, aproveitou os dois meses em que o pai esteve internado para sentir o clima do ambiente e construir o personagem.

De acordo com o galã, mesmo entre a classe médica há uma ideia de que os cirurgiães são vaidosos e egocêntricos, por conta da responsabilidade e poder da profissão.

Embora não tenha se inspirado em ninguém especial para o papel, Julio acredita que o perfil inescrupuloso do vilão existe também na vida real e, obviamente, independe da profissão. Na dúvida, a gente prefere esbarrar no Julio e deixar o Jacques na telinha.