Juliana Paes está prestes a emplacar mais uma protagonista no horário nobre da Globo: Maria da Paz em A Dona do Pedaço, nova novela das nove que estreia no dia 20 de maio. Para atenuar a ansiedade dos fãs, a musa concedeu uma entrevista sem cerimônias para a revista Cidade Jardim do mês de maio.
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Em um papo com o jornalista Bruno Astuto, Ju abre o coração e fala sobre a sua origem humilde, um dos pontos em comum com a sua nova personagem na TV. Na ficção, Maria será uma mulher simples e batalhadora que luta muito para obter sucesso e reconhecimento profissional.

Secretária
Na vida real, poucos sabem, mas Ju trabalhou como secretária bilíngue por muito tempo, antes de ser atriz. Seu sonho sempre foi ter um diploma universitário.
Formada em publicidade e propaganda, a atriz conta que a sua família era muito pobre e que, por isso, teve de trabalhar sem trégua para pagar os seus estudos.
— Vejo as pessoas reclamando muito que a vida é difícil. Ela não é simples para a maioria. Ninguém da minha família se formou. Ninguém. Minha família é muito pobre. Eu não falo muito sobre isso em entrevista, porque sempre parece o lugar do coitadismo, que eu detesto — afirma ela à revista Cidade Jardim, complementando:
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— Ninguém da minha família se formou. Queria ter um diploma, porque era muito importante para o meu pai. Trabalhei muito em muitos Carnavais, como recepcionista, para pagar os estudos.
Mãe de dois meninos, Pedro, oito anos, e Antônio, cinco, e, casada há 10 com Carlos Eduardo Baptista, a bela acha importante falar sobre o movimento feminista e como passa isso para os seus filhos.
O que é correto?

Seu livro de cabeceira sobre o assunto é o clássico Para Educar Crianças Feministas, de Chimamanda Ngozi Adichie. E mesmo entendendo que se vive ainda em um país machista, Juliana defende que chegou a hora de mudanças dentro de casa.
— Eu ensino meus filhos que homem chora, que homem respeita. A primavera feminista não vai morrer na praia nem vai fazer uma transformação radical. Mas a gente pode fazer com que a próxima geração faça essa transformação, leve adiante esse grande movimento — argumenta a musa.
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Para a atriz, o politicamente correto tão defendido na atualidade precisa ser visto com profundidade:
— As pessoas estão esquecendo que, talvez, o grande poder político é você conseguir apreciar e amar os outros independentemente das suas posturas políticas, das suas causas. Acho que é esse o grande desafio social.