O júri que colocará dois irmãos da família Badalo no banco dos réus foi confirmado para 27 de junho pela 1ª Vara Criminal de Joinville. Carlos Alexandre Correa, 27 anos, e Joicelene Aparecida de Fátima Correa, 23, serão julgados por duas tentativas de homicídio registradas no bairro Fátima, zona Sul, em 2010.

Continua depois da publicidade

A denúncia do Ministério Público indica que, seguindo as ordens de Carlos Alexandre, a acusada Joicelene teria encomendado a morte de uma moradora do bairro Fátima. A vítima estava no pátio de casa, com outra mulher, quando ocorreram os disparos. Uma delas foi atingida na cabeça, mas sobreviveu. A outra escapou sem ferimentos.

Por decisão judicial, o crime será julgado como duas tentativas de homicídio. A tese do MP é de que uma das mulheres estaria marcada por ter prestado depoimento contra Carlos Alexandre em outro processo criminal.

Um dos suspeitos de fazer os disparos foi morto numa ação policial. Outro suspeito de atirar nas vítimas é Anderson Daniel Correa, 25 anos, membro da mesma família. Mas ele não será julgado com os irmãos porque apela da decisão no Supremo Tribunal Federal.

Continua depois da publicidade

O mesmo episódio ainda teria o envolvimento de dois homens que respondem a um processo em separado porque só foram identificados após a elaboração da denúncia.

As investigações contra os membros da família se concentraram entre novembro de 2010 e janeiro de 2011, quando a polícia passou a suspeitar de uma relação direta entre o tráfico de drogas e ordens de execução – Anderson Correa, sozinho, ainda é acusado de envolvimento em outras três tentativas de homicídio na mesma época.

Preso em 2009 e já condenado por tráfico, segundo a investigação, Carlos Alexandre teria continuado a comandar o tráfico de dentro da cadeia. Joicelene foi presa em 2011 em uma operação contra o tráfico. Os dois continuam detidos.

Continua depois da publicidade

Contraponto

No decorrer de todo o processo, a defesa dos irmãos Badalos sempre alegou inocência. Os advogados sustentam que há falta de provas na denúncia e que uma das testemunhas de acusação teria interesse em depor contra os irmãos por supostamente estar envolvida com o tráfico. A defesa ajuizou recursos no Tribunal de Justiça contra a decisão de levá-los a júri, mas não teve sucesso.