Após cinco anos das mortes de Susana Lucena Reis e de Dolivar Delfini Filho na rodovia SC-401, em Florianópolis, as feridas dos familiares ainda não cicatrizaram. O julgamento do motorista Tony de Carlo Vieira, 39 anos, que estava rodando pela contramão durante cerca de dois quilômetros na manhã de 27 de junho de 2011, foi adiado mais uma vez.
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Marcado inicialmente para a manhã desta quinta-feira, a decisão judicial foi transferida para o dia 9 de junho. Desta vez, a justificativa é de que o advogado do réu desistiu da causa. A reportagem entrou em contato com o escritório de advocacia do profissional citado nos autos e a secretária confirmou que o réu não é mais cliente.
— Não tenho sentimento de raiva e nem de revolta, mas fico chateada com as brechas da lei. Estávamos mobilizando os amigos para uma homenagem na frente do Fórum, fizemos camisetas e em cada audiência os sentimentos vêm à tona. Quero apenas que o responsável pela morte de duas pessoas seja julgado — desabafou a empresária Andréa Lucena Cardoso, 51 anos, irmã de Susana.
No dia da tragédia, o pastor Dolivar, de 73 anos, tinha deixado a neta na creche e seguia com o seu Chevette rumo ao Norte da Ilha. No mesmo sentido, Susana, 51 anos, a filha Daniela e dois netos trafegavam em um veículo Gol, de cor vermelha, para o trabalho no bairro Ingleses. Todos foram vítimas da imprudência no trânsito quando colidiram com o veículo Gol, na cor branca, de Tony de Carlo Vieira, que seguia na contramão perto das 7h.
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O primeiro impacto foi contra o Chevette, que foi arremessado sobre o Gol vermelho. Susana, que é irmã gêmea do músico Daniel Lucena (Expresso Rural), morreu no local. Já o pastor Dolivar, que ficou preso nas ferragens, faleceu a caminho do hospital.
— Tudo conspirou contra naquele dia. Eles saíram de casa uma hora mais cedo e foram atingidos em um ponto cego da rodovia — lamentou Andrea.
A reportagem entrou em contato por telefone com o consultor empresarial e contábil Tony de Carlo Vieira. Ele preferiu não se manifestar nesta matéria jornalística.
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