A ação penal do maior julgamento da história de Santa Catarina entrou nas alegações finais. A Justiça deu prazo de 15 dias ao Ministério Público e aos advogados de defesa dos 98 réus para que se manifestem sobre os atentados a ônibus e prédios policiais no Estado.

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O processo tramita em Blumenau. Na quinta-feira, a juíza da 3ª Vara Criminal, Jussara Schittler dos Santos, encerrou a fase de instrução. Assim, as defesas não podem mais reivindicar o excesso de prazo na tentativa de soltar os acusados.

– Não há que se falar em excesso de prazo na formação da culpa. Há que se considerar que são 98 o número de denunciados, vários são os defensores que atuam no processo e inúmeros foram os pedidos realizados até agora – registrou a juíza na decisão.

No mesmo despacho, ela negou a revogação das prisões preventivas de Marisol Milene Antunes, Simone Saturnino, Rogério Saturnino e Maycon Saturnino.

O promotor do caso, Flávio Duarte de Souza, afirma que resta a análise final de toda a prova colhida para decidir sobre a condenação dos envolvidos. Ele mantém a expectativa que a sentença seja proferida antes do final do ano em relação a parte dos réus.

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Um dos advogados que atua na defesa, Francisco Ferreira, questiona o fato de testemunhas de defesa de Florianópolis não terem sido ouvidas antes do fim da instrução.

A juíza relatou que eventuais cartas precatórias das testemunhas deverão ser juntadas e não impedirão o adiamento da sentença, que será dada em gabinete.

Houve prisões desde fevereiro pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic). Os réus foram apontados pela polícia como integrantes da facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC), respondem por formação de quadrilha e associação para o tráfico de drogas.

Em setembro, um grande aparato policial foi montado para ouvir os réus numa sala montada como tribunal dentro da penitenciária da Canhanduba, em Itajaí. Os réus mais perigosos estão na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

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