Agora é oficial. A Fundação de Esportes, Lazer e Eventos de Joinville (Felej) recebeu ação civil pública do Ministério Público de Santa Catarina solicitando a interdição da Arena Joinville para jogos amistosos; do Campeonato Catarinense (Divisão Principal); do Campeonato Brasileiro da Série B; da Copa do Brasil e de outros torneios ao longo do ano de 2014.

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O pedido foi apresentado por supostas irregularidades estruturais em descumprimento ao Estatuto do Torcedor. A Felej agora tem 72 horas para apresentar sua defesa ao órgão público.

Segundo a Promotoria de Justiça de Joinville, que se baseia em vistorias realizadas pelo Corpo de Bombeiros e Polícia Militar de Santa Catarina, são sete as principais irregularidades que poderiam trazer vulnerabilidade à segurança ao torcedor.

-É triste ser notificado por algo que já fizemos. Enfim, agora vamos juntar os protocolos que comprovam as melhorias para apresentar nossa defesa. Alguns itens realmente ainda estão em andamento, mas o MP sabe disso, até porque já havíamos pedido extensão do prazo de entrega-, disse o presidente da Felej, Fernando Krelling.

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Krelling ainda citou itens que já foram corrigidos pela fundação após o termo de ajuste de conduta (TAC) solicitado pela promotora Simone Schultz no dia 22 de fevereiro. Um dos exemplos é o aumento da medida do guarda-corpo em dez centímetros. Outros são a instalação das mangueiras dos hidrantes e o grupo de brigadistas formados pela Felej.

A solicitação de interdição é para 2014, ou seja, o pedido do Ministério Público de Santa Catarina não apresenta risco de o Joinville não poder receber a última partida do ano, pela Copa Santa Catarina, no domingo, contra o Canoinhas.

Risco pelo STJD é mínimo, diz Pugliese

Segundo o advogado do Joinville Esporte Clube, Roberto Pugliese Junior, o risco de interdição da Arena Joinville por parte do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) é mínimo.

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Assim como o Ministério Público de Santa Catarina, o procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, fez o pedido e incluiu a Arena na pauta de sexta-feira, que pode punir também o Atlético-PR e o Vasco com multas de até R$ 100 mil e perda de até 20 mandos de campo. Schmitt justifica o pedido baseado na imagem do torcedor Leone Mendes da Silva, que carrega uma suposta barra de ferro.

-Estou enviando documentos, laudos, imagens e fotos para ajudar a defesa dos advogados do Atlético-PR. O estádio só pode ser interditado pelo STJD se não tiver condições de segurança suficientes para receber uma partida. Por isso, acho que as chances de interdição são mínimas-, afirma.

Para ele, a Arena apresenta as condições ideais para receber um evento esportivo. O advogado ainda diz que enviou fotos anexadas da mesa da lanchonete da onde foi arrancado o pé de mesa que, de maneira equivocada, é confundida com uma barra de ferro.

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O caso vai ser votado amanhã. Se a comissão do STJD votar a favor do procurador-geral Paulo Schmitt, a Arena deverá ser interditada com caráter imediato, ou seja, na própria sexta. No entanto, Pugliese julga que não há motivos para se preocupar. Ele acredita que nada vai impedir que o local receba o jogo do JEC, domingo, na despedida da Copa Santa Catarina, contra o Canoinhas.