O julgamento contra o atacante Lionel Messi, camisa 10 do Barcelona e da seleção argentina, e seu pai por fraude fiscal começou na manhã desta terça-feira na Espanha, sem a presença do jogador, que sofreu uma lesão na semana passada.

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Messi deve prestar depoimento na quinta-feira, quando provavelmente atribuirá a gestão de sua fortuna a seu pai. O processo desta terça-feira se dedicou a questões de procedimento.

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A defesa alegou que os direitos fundamentais do atleta foram afetados durante a investigação e denunciou a forte pressão do fisco sobre Messi, que recebeu 21 inspeções em dois anos, mas os argumentos foram rejeitados.

A audiência foi suspensa após uma hora pela ausência das testemunhas previstas: a mãe do jogador, que recorreu ao direito de não se declarar, e os representantes das empresas da suposta rede de fraude.

O processo será retomado na quarta-feira com interrogatórios de testemunhas e peritos. O advogado de Messi, Javier Sánchez-Vera, afirmou que o jogador tinha a intenção de comparecer ao tribunal no primeiro dia, mas não teve condições por causa da lesão — uma pancada nas costas — sofrida na semana passada no amistoso que a Argentina venceu Honduras por 1 a 0.

Messi deve comparecer apenas na quinta-feira para prestar depoimento ao lado do pai, Jorge Horacio. O jogador e seu pai são acusados de organizar uma rede de empresas de fachada em Belize e no Uruguai, considerados paraísos fiscais na época, para ocultar o dinheiro recebido pelos direitos de imagem do jogador entre 2007 e 2009. A suposta fraude ao fisco espanhol chegou a 4,16 milhões de euros.

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Caso sejam declarados culpados, a Advocacia do Estado deseja para Messi e seu pai uma multa equivalente ao valor fraudado e 22 meses e meio de prisão. Como não possuem antecedentes judiciais, a princípio eles não teriam que cumprir esta eventual pena.

Muitos acreditam que Messi deve repetir o depoimento apresentado há três anos, onde afirmou que assinou os contratos sem lê-los.

*AFP