Os acusados de matar uma mulher em frente à boate Meet vão a julgamento na manhã desta quinta-feira (22) em Joinville. O caso aconteceu em 27 de março de 2016 após uma briga dentro do estabelecimento. A confusão continuou fora da boate e terminou com a morte de Juliana Maria Cidral e quatro pessoas feridas.
Continua depois da publicidade
Segundo a denúncia do Ministério Público, um jovem esbarrou em outro rapaz dentro da boate. Isso gerou uma discussão verbal entre a vítima e um dos acusados. Neste momento, o réu teria entrado em contato com os amigos solicitando um “resgate”. Depois de um tempo, três homens apareceram para ajudar.
Conforme o MP, o grupo se posicionou em uma rua lateral com a intenção de matar o rapaz. Três deles atraíram a vítima até o local e atiraram contra ela na rua. Após os disparos, a vítima correu em direção à boate e, na fuga, foi atingida pelas costas, sofrendo lesões. O rapaz recebeu atendimento imediato e sobreviveu.
Os tiros também atingiram outras quatro pessoas. Entre elas, a auxiliar de cozinha Juliana Maria Cidral, que já havia saído da boate para voltar para casa. O MP considera que o grupo assumiu o risco de produzir o resultado morte, ao terem efetuado os disparos em local habitado e no momento em que a vítima estava no raio de mira deles.
Continua depois da publicidade
> Três pessoas são condenadas a mais de 60 anos de prisão por assassinato em Joinville
De acordo com a denúncia, o motivo dos crimes de homicídio e tentativa de homicídio foi fútil, porque os acusados agiram por motivo banal e desproporcional. Além disso, o crime resultou em perigo comum à vida e à integridade física de um número indeterminado de pessoas.
Os réus Douglas Guilherme Bento e Roberto Silveira estão presos no Presídio Regional de Joinville. Já o terceiro, Mairon Alceu Bayer, morreu no período entre o crime e o julgamento.
A sessão será presidida pelo juiz Gustavo Henrique Aracheski, titular da Vara do Tribunal do Júri em Joinville. O promotor de Justiça vai ser Marcelo Sebastião Netto de Campos. Atuarão como advogados de defesa: Rafael Siewert, Valdir Campanharo e Luana Karina Gorisch.
> Trio que subiu em cruz da igreja matriz de São Bento do Sul será investigado pela polícia