Além de ter que julgar 159 processos por mês (em média), a juíza federal Luísa Hickel Gamba passa a ter, desde segunda-feira, uma nova atribuição: coordenar a “sala de lanches” da sede da Justiça Federal do Estado.
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Por estranho que possa parecer, a função foi criada considerando “a conveniência de estimular o convívio harmônico, respeitoso e cordial entre Juízes da Subseção Judiciária de Florianópolis”. A publicação está no Diário Oficial da Justiça Federal do dia 12 de abril.
De acordo com nota divulgada pela assessoria do Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF4), a juíza fica responsável pelo controle do uso dos bens públicos da sala – mobiliário, louças e equipamentos de cozinha, como geladeira e micro-ondas. Na prática, ela tem a atribuição de cuidar para que nada seja extraviado, já que anualmente um inventário dos bens da Justiça Federal é feito para conferir se está tudo OK. Por essa razão, para utilizar o espaço é preciso uma autorização da coordenadora.
A assessoria do TRF4 faz questão de frisar que o novo cargo não representa nenhum ganho a mais no salário da magistrada e que cada juiz que utilizar o espaço paga sua própria alimentação. A sala de lanches não existia até o início deste ano, e por essa razão o cargo foi criado somente agora.
A reportagem tentou conversar com a juíza, mas ela não quis falar sobre o assunto e afirmou que não havia nada a ser dito além do que foi divulgado pela assessoria do tribunal. Além de coordenadora da sala de lanches, a magistrada federal é vice-diretora do foro de Santa Catarina e atua na vara do Juizado Especial Federal Cível.
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Em início de carreira, um juiz federal substituto tem o salário de R$ 21,7 mil bruto (aproximadamente R$ 15 mil líquido). No cargo de juiz titular (ocupado por Luísa Gamba), a remuneração é de R$ 22,9 mil bruto.