A juíza da 8ª Vara da Fazenda Pública da Bahia, Aidê Ouaiss, concedeu nesta quarta-feira liminar para anulação da indicação do comerciante Clarindo Silva, um esbelto senhor de 58 quilos, para Rei Momo do Carnaval baiano. Aidê atendeu a pedido encaminhado pela promotora Helite Viana, do Ministério Público (MP) da Bahia, que considerou a indicação uma fraude, pois segundo apurou, a escolha foi realizada de forma “aleatória e arbitrária”.

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O pedido do MP se baseou ainda nos depoimentos dos doutores da Universidade Federal da Bahia, Roberto Albergaria, e da Universidade Federal do Recôncavo Bahiano, Paulo Miguez, que consideraram a indicação de Clarindo uma agressão ao patrimônio cultural que representa o Carnaval baiano. A liminar foi comemorada pela direção da Associação dos Gordos e Obesos de Salvador, que estava insatisfeita com o desrespeito ao regulamento original do concurso. O Rei Momo teria de pesar pelo menos 120 quilos.