Um juiz decretou nesta quinta-feira 18 meses de prisão preventiva para o ex-presidente peruano Ollanta Humala e sua mulher, Nadine Heredia, acusados pela procuradoria de lavagem de dinheiro envolvendo doações irregulares de campanha da Odebrecht.
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“Defiro o requerimento (…) contra Ollanta Humala e Nadine Heredia e, em consequência, imponho mandado de detenção contra os investigados pelo prazo de 18 meses pelo crime de lavagem de dinheiro”, anunciou o juiz Richard Concepción Carhuancho.
O procurador Germán Juárez havia solicitado a prisão preventiva de Humala e Heredia por considerar que existia risco de fuga e pedido de asilo dos investigados.
Os advogados do casal já anunciaram que apelarão a instâncias superiores.
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O juiz assinalou que emitirá uma ordem de detenção contra Humala e Heredia, que nesta quinta-feira não compareceram à audiência convocada pelo magistrado, sendo representados por seus advogados.
“Há um ofício para sua imediata localização e detenção a nível nacional e internacional”, declarou o juiz Richard Concepción Carhuancho ao final da audiência.
O juiz acolheu o pedido da promotoria por estimar que a prisão preventiva de Humala e Heredia “é idônea e necessária para garantir a investigação”.
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“Existe um alto grau de probabilidade de que (Humala e Heredia) enganem a justiça e obstruam o trabalho probatório”, acrescentou o juiz.
O procurador Juárez acusa o casal, que fundou o Partido Nacionalista em 2005, pelos supostos crimes de “lavagem de dinheiro e associação ilícita para delinquir” na obtenção de recursos para financiar as campanhas eleitorais de Humala em 2006 e a que o levou ao poder em 2011.
A Procuradoria afirma que a Odebrecht repassou três milhões de dólares em 2011 à campanha de Humala, o que o ex-presidente nega, ao mesmo tempo que recorda que a lei peruana não proíbe receber aportes do exterior.
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No caso da campanha de 2006, o procurador afirma que Humala recebeu dinheiro procedente da Venezuela.
* AFP