A Chrysler disse hoje que o tribunal de Nova York que supervisiona suas atividades aprovou nesta segunda-feira de forma provisória que a montadora tenha acesso aos US$ 4,5 bilhões emprestados por Estados Unidos e Canadá para que possa seguir efetuando pagamentos. A montadora informou em comunicado que a aprovação do financiamento “dá à companhia os recursos para que as operações sigam seu ‘curso normal’, enquanto espera a aprovação” da fusão com a Fiat.

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Os representantes dos três credores que provocaram a quebra da Chyrsler – os fundos de investimento Oppenheimer Funds, Perella Weinberg Partners e Stairway Capital – tinham feito oposição a que o juiz Arthur González aprovasse o acesso aos fundos oferecidos por EUA e Canadá. Porém, o juiz, que de acordo com as leis americanas de quebra tem que supervisionar e aprovar todas as operações da Chrysler, se negou a bloquear os fundos, alegando que os credores “não apresentaram uma alternativa”.

González decidirá hoje se aceita a solicitação da Chrysler para que o tribunal estude a venda de seus principais ativos por US$ 2 bilhões, o que permitiria a fusão com a Fiat, algo que também conta com oposição dos três fundos de investimento. Chrysler solicitou ontem a González que proceda de forma rápida e fixe para 21 de maio a audiência sobre a venda de ativos.

Documentos apresentados pela companhia perante o tribunal informaram que a companhia perdeu em 2008 US$ 16,8 bilhões. É a primeira vez que se conhece a extensão do prejuízo da Chrysler, já que até 30 de abril a companhia estava sob controle do fundo de investimentos Cerberus, que não tinha a obrigação de publicar os resultados financeiros da montadora. A Chrysler também pediu que González aprove uma indenização de US$ 35 milhões caso a Fiat rompa o acordo de fusão.

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