Recentemente, recebemos em Santa Catarina cerca de 700 magistrados na quinta edição do Encontro Nacional de Juízes Estaduais. Este encontro se deu no exato momento em que a magistratura brasileira tem como desafio maior a retomada do debate sobre o seu papel na democracia e a sua importância para a manutenção do Estado de Direito. Mais do que nunca, os juízes brasileiros têm a consciência de que o futuro desta nação que se quer grande, altiva, pujante e socialmente justa depende de uma Justiça forte e absolutamente comprometida com os mais caros valores republicanos.

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E não há dúvidas de que a melhor forma de concretizar esta meta é tomarmos em nossas mãos a tarefa de melhorar o Poder Judiciário. Mais do que isso: precisamos não só batalhar por uma Justiça mais célere e efetiva, como também precisamos atentar para a necessidade de abrir canais de comunicação com a sociedade, para que ela conheça e reconheça o valoroso trabalho desempenhado pelos nossos magistrados. Mais do que alta produtividade, precisamos dar efetividade às nossas decisões.

Estou convencido de que a magistratura é plenamente capaz deste desafio. Mas para tanto precisamos estar comprometidos e irmanados num amplo movimento de valorização da classe, atuando prioritariamente no restabelecimento de um novo paradigma, focado na independência, modernização e disposição para construir um país mais justo e solidário.

A nossa agenda não pode prescindir de uma nova abordagem, eminentemente estratégica, que vise uma aproximação maior da magistratura com os principais segmentos para debater os grandes temas que interessam à coletividade, com foco na cidadania, na ética e na transparência nas relações entre poder público e sociedade.”

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